O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu que a Casa Branca remarque a visita a Washington D.C. para discutir as alternativas a uma ofensiva em Rafah, cidade que fica ao sul de Gaza. A viagem, inicialmente, estava marcada para essa quarta-feira (27).
Nesta semana, os Estados Unidos se abstiveram em uma votação sobre uma resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza até 9 de abril, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Como resposta, Netanyahu cancelou a viagem, dizendo que Israel não cederia à pressão internacional sobre a guerra.
Em comunicado, o gabinete do premiê israelense afirmou que a decisão dos EUA de não vetar a resolução “prejudica os esforços da guerra” e as tentativas “para libertar os reféns”, segundo o jornal The Times of Israel .
"O lado ruim da decisão dos EUA foi que isso encorajou o Hamas a adotar uma linha dura e a acreditar que a pressão internacional impedirá Israel de libertar os reféns e destruir o Hamas", disse em nota.
O encontro havia sido um pedido do presidente norte-americano Joe Biden, que afirmou que o cancelamento da reunião foi uma “reação exagerada do governo israelense”.
Em entrevista à TV israelense, John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse que os EUA são contra uma ofensiva terrestre em Gaza e que "é preciso um plano para protegê-los".
Com a resolução, o Hamas negou a oferta de Israel que previa a troca de 800 prisioneiros palestinos por 40 reféns sequestrados no ataque surpresa do grupo extremista ao país em 7 de outubro do ano passado.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp