Javier Milei é o atual presidente da Argentina
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Javier Milei é o atual presidente da Argentina

O índice de pobreza na Argentina subiu de 49,5% para 57,4% entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano, atingindo 27 milhões . O período coincide com o início do governo do presidente Javier Milei . A taxa é a mais alta desde 2004, quando chegou a 54,4%. As informações são do relatório "Argentina século XXI: Dívidas sociais crônicas e desigualdades crescentes. Perspectivas e desafios", feito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do país e divulgado neste final de semana. 

De acordo com o estudo, o aumento da pobreza está diretamente relacionado à desvalorização da moeda, promovida por Milei em dezembro. A medida elevou os preços da cesta básica e dos alimentos em geral. Segundo o relatório, a taxa de indigência, ou seja, de pessoas em situação de extrema necessidade, passou de 14,2% para 15% no período. 

Segundo o diretor do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica da Argentina, Agustín Salvia, "a classe média baixa e os trabalhadores de baixa qualificação" foram os mais atingidos. A taxa de pobreza entre os assalariados que não recebem auxílios do governo subiu de 81,9% em dezembro para 85,5% em janeiro de 2024.


Milei rebate

Presidente da Argentina, Milei acusou outros políticos pelo aumento da pobreza. Através de sua conta no X, o antigo Twitter,  o mandatário afirmou que o empobrecimento é resultado de uma “verdadeira herança do modelo de castas”, expressão que usa desde a campanha eleitoral.

Na publicação, Milei ainda prometeu reerguer o país. "Os políticos têm de compreender que o povo votou pela mudança e vamos dar as nossas vidas para levá-la adiante", afirmou Milei.

Promessa 

Ao assumir a presidência, Milei prometeu fazer um "ajuste fiscal duro" na Argentina, ressaltando que suas políticas econômicas, "no curto prazo", fariam a situação "piorar", com queda da atividade econômica, no número de empregos e no nível dos salários. Em discurso, o mandatário já havia falando que a nação sofreria com um aumento nos índices de pobreza e de inflação.

"Não há alternativa ao ajuste. Logicamente isso vai impactar o nível de atividade, o emprego, os salários reais, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação. Mas não é algo diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos", comentou, em dezembro do ano passado. Ele ainda ressaltou que esta será a reconstrução da Argentina e que após "esse ajuste macro, a situação começará a melhorar".

Apesar da antiga promessa, Milei sofreu um duro golpe ao ver a "Lei Ônibus" , seu grande pacote de mudanças econômicas, retroceder na Câmara dos Deputados e não avançar como o esperado

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