O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta sexta-feira (9) que a Defesa do país trabalhe estratégias de evacuação de civis abrigados em Rafah, cidade que fica no sul da Faixa de Gaza.
"Não é possível atingir os objetivos da guerra para a eliminação do Hamas e ao mesmo tempo deixar quatro batalhões seus em Rafah", diz comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.
O informe menciona a necessidade de dois planos, "um para a eliminação dos batalhões do Hamas, outro para a evacuação da população civil".
Mais de um milhão de palestinos fugiram para Rafah desde o início da operação terrestre do Exército israelense no norte de Gaza. Nos últimos meses da guerra, os deslocados que se alojaram em Rafah transformaram o local em uma "cidade de tendas".
Dominada por acampamentos improvisados, Rafah era uma das únicas áreas de Gaza que foram poupadas pelos ataques de Israel.
O Hamas propôs uma trégua de 135 dias, mas Netanyahu rejeitou. Aliados do premiê, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se referiu a reação de Israel como "exagerada".
No início da semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajou a Arábia Saudita e ao Egito para tentar avançar negociações de trégua e libertação de reféns, mas não conseguiu chegar a um acordo.
Já somam 27.947 palestinos mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas que começou no dia 7 de outubro. De acordo com balanço do Ministério da Saúde da Palestina, o número de feridos chegou a 67.459.