O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (8) que a resposta militar de Israel na Faixa de Gaza foi "exagerada". Ele afirmou buscar uma pausa nos combates enquanto as negociações de cessar-fogo são salvaguardadas, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitar uma proposta do Hamas.
"Sou da opinião, como sabem, que a condução da resposta na Faixa de Gaza foi exagerada", disse Biden a jornalistas na Casa Branca, acrescentando estar "pressionando fortemente" por um cessar-fogo com a libertação de reféns. "Há muitas pessoas inocentes que estão morrendo de fome, muitas pessoas inocentes que estão em apuros e morrendo. Isso precisa parar", completou.
Biden convocou os jornalistas para responder a um relatório de Robert Hur, promotor especial que o investiga e disse que ele tem problemas de memória. Depois de falar sobre o caso, foi questionado sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
Ao responder, referiu-se ao líder egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, como o "presidente do México". Biden disse: "Acho que, como vocês sabem, inicialmente, o presidente do México, El-Sisi, não queria abrir a fronteira para a entrada de ajuda humanitária. Eu conversei com ele e o convenci a abrir".
Netanyahu rejeitou a proposta de cessar-fogo do Hamas na quarta-feira (7). O premiê pregou a "vitória total" de Israel na guerra e afastou a negociação com o grupo extremista envolvendo a libertação de reféns.
O Hamas apresentou um acordo de cessar-fogo de 135 dias na Faixa de Gaza, o que conduziria a guerra contra Israel ao fim. O plano apresentado pelo grupo muçulmano foi resultado de conversas com mediadores do Qatar e do Egito, apoiados por Estados Unidos e Israel.
Com a suspensão planejada do conflito, o grupo paramilitar precisaria libertar todas as mulheres israelenses, os homens com menos de 19 anos e idosos mantidos reféns desde o início da guerra. Em troca, Israel soltaria mulheres e crianças palestinas presas no país.