Chegou a 24,2 mil o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, comandado pelo grupo fundamentalista Hamas.
O balanço registra 132 fatalidades nas 24 horas anteriores e também contabiliza cerca de 61.154 feridos desde o início da guerra, que completou 100 dias no último domingo (14). Crianças (10,6 mil), mulheres (7,2 mil) e idosos (1.049) representam mais de 75% dos mortos.
O conflito foi deflagrado após atentados terroristas do Hamas em Israel em 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas. Além disso, mais de 100 pessoas continuam sequestradas pelo grupo islâmico.
Ainda nesta terça, o Conselho Europeu decidiu acrescentar Yahya Sinwar, líder político do Hamas em Gaza, à sua lista de terroristas.
“A decisão faz parte da resposta da UE à ameaça representada pelo Hamas e a seus ataques terroristas brutais e indiscriminados contra Israel em 7 de outubro de 2023”, disse o Conselho, em nota.
Sanções contra Sinwar entrarão em vigor imediatamente: ele ficará sujeito a congelamento de fundos e atividades financeiras nos países europeus, e não poderá receber fundos e recursos econômicos de países do bloco.
Papa Francisco cobrou fim de 'tragédia' no Oriente Médio
A guerra também provocou uma tragédia humanitária na Faixa de Gaza, território que abriga mais de 2 milhões de moradores e que sofre com a escassez de água potável, comida e combustível e com a destruição de infraestruturas básicas.
"A atual situação da Terra Santa e dos povos que a habitam é gravíssima sob qualquer ponto de vista. Precisamos rezar e agir sem cansar para que essa tragédia termine", afirmou o papa Francisco em uma audiência nesta segunda (15).
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que a reação de Israel é "legítima e necessária", mas precisa ser "proporcional". "Há vítimas demais entre os civis palestinos, demais", declarou o também vice-premiê a uma rádio.