Aliados do Hamas, o grupo fundamentalista libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirmou nesta terça-feira (2) que a morte do número 2 do grupo islamista palestino, Saleh al Arouri, ocorrido em Beirute, "não ficará impune".
"Nós, o Hezbollah, afirmamos que este crime não ficará sem resposta nem impune", afirmou o grupo libanês em um comunicado. "Consideramos que o crime de assassinar o xeque Saleh al Arouri [...] no coração do subúrbio sul de Beirute é um grave ataque contra o Líbano [...] e um acontecimento perigoso no curso da guerra", diz o grupo.
Por outro lado, o Exército israelense afirmou, nesta terça-feira (2), que está preparado para "qualquer cenário" de enfrentamento após a morte de al Arouri.
O Exército está "em alto nível de preparação para qualquer cenário", declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, durante entrevista coletiva.
O mais importante que é preciso dizer esta noite é que estamos centrados e continuamos centrados na luta contra o Hamas", acrescentou o porta-voz.
O que aconteceu
Um ataque com drone de Israel matou Saleh al-Arouri, o segundo na hierarquia do braço político do grupo armado palestino Hamas. O bombardeio atingiu um escritório do grupo fundamentalista em Beirute, no Líbano, resultando em 11 feridos e seis mortos nesta terça-feira (2). Al-Arouri, vice de Ismail Haniyeh desde 2017, era também responsável pelas operações na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. Ele era cofundador das Brigadas Izzedine Al-Qassam, a ala militar do Hamas.
"Os assassinatos covardes cometidos pelo ocupante sionista contra os líderes e símbolos do nosso povo palestino dentro e fora da Palestina não vão conseguir quebrar nem a vontade nem a resiliência do nosso povo, nem entorpecer a continuação de sua corajosa resistência", declarou, por meio de nota, Ezzat al Rishq, membro do escritório político do Hamas.