O governo da Argentina, sob o comando de Javier Milei, formalizou nesta sexta-feira (29) a decisão de não aderir aos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A informação é do jornal argentino Clarín.
Em carta enviada a cada um dos países que compõem o bloco, Milei disse que "não considera apropriado incorporar a República Argentina aos BRICS como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024".
"Como sabem, a marca da política externa do governo que presidi durante alguns dias difere em muitos casos da do governo anterior", diz a carta. "Algumas decisões tomadas pela administração anterior serão revistas, entre elas está a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país nos BRICS", completa.
No documento, Milei afirma que a Argentina continuará mantendo relações comerciais com os países que fazem parte do bloco. "Desejo destacar o compromisso do meu governo com a intensificação dos laços bilaterais com o seu país, particularmente o aumento dos fluxos comerciais e de investimento", diz o presidente argentino nas cartas enviadas aos cinco países, que têm o mesmo conteúdo.
Em agosto, os Brics anunciaram a expansão do bloco e convidaram Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para fazerem parte do grupo a partir de 2024.