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Os presidentes da Guiana, Irfaan Ali e da Venezuela, Nicolás Maduro, devem se reunir na próxima quinta-feira (14)  para falar sobre a disputa por Essequibo. O encontro está marcado para acontecer em  São Vicente e Granadinas, país do Caribe, segundo informou o governo local. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado para o encontro para atuar como observador, segundo o governo guianês.

O primeiro-ministro do país caribenho, Ralph Gonsalves, também tem atuado como intermediador no conflito e hoje falou ao telefone com Maduro e Ali.

Irfaan Ali confirmou que irá à reunião. O governo venezuelano ainda não havia se manifestado sobre a reunião mas, nesta manhã, Maduro disse ter debatido a realização de "uma reunião de alto nível nos próximos dias".

Até o momento o governo brasileiro cogita a participação de Celso Amorim, o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, para representar Lula no encontro, mas isso ainda não está confirmado.


Mudança de postura

A notícia da reunião chega no mesmo dia em que os dois líderes suavizaram o tom desde o referendo sobre a anexação de Essequibo realizado no domingo (3).

Nicolás Maduro disse ser necessário "sentar e conversar" com a Guiana e com a ExxonMobil - petroleira que tem campos na região . Horas depois, o presidente da Guiana disse que não se opõe a dialogar.

As declarações aconteceram  após Maduro falar por telefone com Lula. Na ligação, Lula pediu o diálogo entre os dois países sul-americanos e se disse preocupado, em uma intermediação que vinha sendo esperada ao longo da semana.

A sinalização de diálogo de ambas as partes contrasta também com a postura de Maduro do dia anterior. Na sexta-feira (9), no passo mais concreto desde a aprovação do referendo pela anexação de Essequibo, ele assinou seis decretos para incorporar o território guianês e transformá-lo em um estado venezuelano.

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