O governo de Israel comunicou nesta sexta-feira (3) ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que não vai cessar-fogo enquanto reféns não forem libertados pelo grupo terrorista Hamas. O posicionamento foi revelado pelo ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou a posição dada aos Estados Unidos em discurso realizado na televisão. “Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua o regresso dos nossos reféns”, revelou.
De acordo com informações do governo de Israel, o Hamas possui 242 reféns israelenses.
Antony Blinken, chegou em Tel Aviv, Israel, nesta sexta, para se reunir com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, com quem buscou transmitir a mensagem do presidente Joe Biden da necessidade de dar uma "pausa humanitária" na guerra contra o Hamas.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, reforçou que os EUA não estavam articulando um cessar-fogo, e sim uma pausa “temporária e localizada”.
Desde 7 de outubro, quando começou o conflito, mais de 9 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza, sendo que outros 32 mil estão feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Dentre os mortos, 3,7 mil são crianças
Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 10.572 vidas perdidas no confronto.
Os EUA são aliados históricos de Israel, inclusive, defenderam a posição do país hebreu na ONU (Organização das Nações Unidas) quando o cessar-fogo foi discutido.
O presidente dos Estados Unidos pediu nesta quarta (1º), pela primeira vez, uma "pausa" no conflito entre Israel e o Hamas.