O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta quarta-feira (1º), pela primeira vez, uma "pausa" no conflito entre Israel e o grupo armado palestino Hamas , que entra no eu 27º dia. Biden encontra-se em um contexto que os norte-americanos pressionam pela retirada dos cidadãos do enclave.
"Nós precisamos de uma pausa", disse Biden em discurso de campanha ao ser interrompido por um manifestante pedindo cessa-fogo.
“Isso é incrivelmente complicado para os israelenses”, acrescentou Biden durante seu discurso. “É incrivelmente complicado também para o mundo muçulmano… Apoiei uma solução de dois Estados, desde o início.”
Quando questionado o sobre o que ele quis dizer, Biden reforçou que o conflito precisa parar para que os prisioneiros saiam de Gaza, em referência aos 239 reféns mantidos pelo Hamas.
O número de mortos pela guerra ultrapassou dez mil em menos de um mês, sendo 9.061 só na Faixa de Gaza e 1.405 em Israel.
As observações do presidente dos EUA marcaram uma mudança na posição da Casa Branca, que já tinha dito que não iria ditar a forma como Israel conduz as suas operações militares.
“Não estamos traçando limites para Israel”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, na semana passada. “Vamos continuar a apoiá-los.” No Início do conflito, Loyd J. Austin, secretário de Estado dos EUA, já havia reforçado "apoio irrestrito a Israel.
Na sexta-feira, os EUA foram um dos únicos 14 países das Nações Unidas a votar “não” a uma resolução na Assembleia Geral que apela a um “cessar-fogo”. Outros 120 países apoiaram o fim do conflito, dentre eles o Brasil, enquanto 45 se abstiveram.
Nesta quinta-feira (2), mais de 400 norte-americanos foram liberados para cruzar a passagem de Rafah e chegar ao Egito para serem repatriados. Autoridades dos EUA dizem que estão tentando ajudar cerca de 1.000 pessoas a sair.