Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza
não foram autorizados pelo governo israelense a deixar o enclave
nesta quinta-feira (2). Este é o segundo dia que a passagem é aberta desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o Hamas atacou o território de Israel.
Ao todo, 34 pessoas aguardam a liberação para cruzar a fronteira com o Egito, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda 24 brasileiros para repatriação e 10 palestinos que darão início à imigração no Brasil.
A maioria dos autorizados a cruzar a passagem de Rafah nesta quinta são cidadão dos Estados Unidos. Eles representam 400 dos 576 nomes na listagem de hoje.
Os demais são de pessoas com passaporte de Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade. As informações foram passadas pelo embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, ao jornal Folha de S.Paulo.
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino de Carvalho Neto, afirmou à TV Globo que a expectativa do governo é conseguir repatriar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza até esta sexta-feira (3).
Em nota publicada na quarta-feira (1º), o Itamaraty disse confiar que “em breve” os brasileiros na Faixa de Gaza “serão contemplados com autorização para passagem por Rafah”. Em declara
Segundo o Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) “têm realizado gestões em favor da saída dos brasileiros junto a diversas altas autoridades de Egito, Israel, Qatar, Autoridade Palestina e de outros países da região”. O ministério afirma que as negociações “continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza”.
A passagem foi aberta pela primeira vez nesta quarta, liberando a passagem de 490 cidadão, dos quais 281 eram da Jordânia. Os demais, de países alinhados com Israel.
Além da Jordânia, cidadãos do Japão, Áustria, Bulgária, Indonésia, Austrália, República Tcheca e Finlândia podem deixar a Faixa de Gaza.
A lista também libera a saída de agentes humanitários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, de ONGs de várias partes do mundo (Médicos sem Fronteiras, Premiere Urgence Internationale, Palestine Children's Relief Fund, International Medical Corps, Mercy Corps, The Lutheran World Federation, Catholic Relief Services, Action Against Hunger e Cooperazione Internazionale Sud-Sud) e de agências da ONU, além de 1 pessoa do consulado italiano (que está na mesma lista da ONU).