Gaza: sobe para 67 o número de funcionários da ONU mortos em ataques

Abrigos da ONU em Gaza enfrentam superlotação

Foto: Marwan Sawwaf/ Alef Multimedia/ Oxfam - 14/10/2023
Destruição na área de Al Remal, em Gaza, causada pelos ataques aéreos israelenses

Mais três funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) morreram na Faixa de Gaza, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (31). Com isso, o número de funcionários da UNRWA mortos em Gaza desde o início da  guerra entre Israel e Hamas subiu para 67.

A maioria dos funcionários da ONU na Faixa de Gaza são locais, ou seja, palestinos que também foram deslocados de suas casas e também sentem o impacto da guerra em suas vidas cotidianas e de suas famílias.

Segundo o relatório desta terça-feira, mais de 670 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza estão abrigadas em 150 instalações da UNRWA. Desde o início da guerra, cerca de 1,4 milhão de palestinos deixaram suas casas no norte da região, onde  Israel realiza ataques terrestres.

"Com a assistência disponível muito limitada e os abrigos sobrecarregados, há relatos de tensões crescentes entre as comunidades deslocadas. Foram relatadas várias invasões a armazéns e centros de distribuição da UNRWA, com apreensão de produtos alimentares e não alimentares", diz outro relatório da agência, publicado na segunda-feira (30)

A agência da ONU voltou a afirmar que a  ajuda humanitária que conseguiu entrar em Gaza é insuficiente "para cobrir as necessidades mais básicas dos deslocados internos e das comunidades de acolhimento". Além disso, a UNRWA afirmou que mais palestinos estão chegando aos centros de acolhimento, mas a superlotação está fazendo com que pessoas durmam nas ruas.

"A superlotação continua a criar graves problemas de saúde e proteção para os deslocados internos, e também está gerando um forte impacto na sua saúde mental. O número médio de deslocados internos por abrigo atingiu quase quatro vezes a capacidade pretendida", diz a agência.