Comunicado divulgado pelo Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) revela que ao menos 29 jornalistas foram mortos nas primeiras duas semanas do conflito entre Israel e o grupo Hamas. No documento, outros nove foram apontados como desaparecidos e oito estão feridos.
Entre os 29 jornalistas mortos, 24 eram palestinos. Outros quatro jornalistas israelenses morreram durante os ataques do Hamas e um jornalista libanês morreu em um bombardeio que, segundo o governo do Líbano, foi liderado por Israel.
Muitos dos jornalistas mortos estavam trabalhando como fotojornalistas ou cinegrafistas, documentando o conflito. O jornalista libanês era cinegrafista da Reuters e morreu durante um ataque no sul do Líbano que também feriu jornalistas da AFP e Al Jazeera.
No comunicado, Sherif Mansour, coordenador do programa da CPJ para o Oriente Médio e África do Norte, diz que “os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo de partes em conflito”.
“Os jornalistas de toda a região estão a fazer grandes sacrifícios para cobrir este conflito doloroso. Os que estão em Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais”, concluiu Mansour.