MSF alerta para risco de colapso no sistema de saúde em Gaza

ONG cita falta de medicamentos e suprimentos médicos

Prédio destruído por bombardeiros na Faixa de Gaza
Foto: Divulgação/ONU
Prédio destruído por bombardeiros na Faixa de Gaza

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) relatou nesta quinta-feira (19) que o sistema de saúde de Gaza "está quase em colapso", em decorrência do  conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas que já deixou mais de 3,7 mil mortos na região.

Em nota, a organização detalhou que "há falta de pessoal, medicamentos e suprimentos e os médicos restantes não conseguem lidar com o grande fluxo de pessoas feridas que chegam diariamente nas estruturas sanitárias com feridas traumáticas, queimaduras, fraturas e membros esmagados".

"No hospital Al-Shifa, o principal de Gaza onde trabalham alguns membros da equipe de profissionais dos Médicos Sem Fronteiras, o combustível necessário para fazer funcionar os geradores está acabando, colocando em risco a vida de muitos pacientes", acrescenta o texto.

Segundo a ONG, o hospital também se tornou um refúgio para milhares de pessoas que fogem dos bombardeios. Inclusive, o cirurgião ortopédico de MSF, que opera no centro médico Al-Shifa, divulgou que há "um enorme número de feridos, a maioria dos quais são civis, mulheres e crianças".

"Mesmo neste momento, há mais de 3 mil pacientes e no nosso hospital, em condições normais, a capacidade máxima é de 700 leitos", afirmou.

Entre os feridos com mais riscos estão principalmente os que estão em terapia intensiva, cuidados neonatais e aqueles que necessitam de máquinas de suporte respiratório. 

Devido à escassez geral de medicamentos, pacientes com doenças crônicas, como diabetes e câncer, e  mulheres grávidas também correm perigo.