A guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas já deixou ao menos 3.785 mil mortos e outros 12 mil feridos só na Faixa de Gaza , informou o Ministério de Saúde local nesta quinta-feira (19).
Além disso, 69 palestinos foram mortos na Cisjordânia, onde outros 1.250 estão feridos.
Segundo a mídia local, dentre os mortos, mais de 700 são crianças e 500 são mulheres.
Feridos somam 13,500, enquanto o enclave sofre com escassez de suprimentos médicos e até de hospitais.
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina informou nesta quinta-feira (19) que dos 58 hospitais da Faixa de Gaza, 3 estão completamente fora de operação e 25 estão parcialmente paralisados devido a algum dano provocado pelo conflito com Israel.
Em conferência de imprensa na quarta-feira, a Ministra da Saúde palestina, Mai Al Kailah, disse que o setor sofre de uma grave escassez de medicamentos, grandes dificuldades para chegar aos hospitais, cortes de água e uma deterioração no sistema de esgotos, explicando que estes problemas aumentam o risco de surtos de doenças transmissíveis no enclave.
Al Kailah acrescentou que os cidadãos têm grandes dificuldades de acesso ao sistema de saúde e aos hospitais devido aos constantes bombardeios das forças de Israel que não excluem hospitais e centros de cuidados de saúde primários, indicando que a situação é agravada por uma perturbação nas cadeias de abastecimento de medicamentos.
Relativamente às doenças transmissíveis e aos casos epidêmicos, a ministra destacou que a falta de água, a falta de instrumentos de higiene e de cuidados pessoais, de harmonização do sistema de saneamento e a deterioração de grande parte do mesmo, "em consequência da agressão israelita, além da superlotação nos centros de abrigos", aumenta o risco de propagação de doenças transmissíveis e infecciosas de uma forma que ameaça um verdadeiro desastre nos cuidados de saúde.
Ela acusou o Exército de Israel de violação do direito humanitário internacional relativo à proteção do pessoal médico.
O número de mortos do lado de Israel está em 1.400, após o Hamas iniciar o ataque no dia 7 de outubro, invadindo o território do sul de Israel.
O número de mortos na Faixa de Gaza disparou nesta quarta-feira por conta do bombardeio ao hospital na Cidade de Gaza, que deixou mais de 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde local.
O ataque ainda não teve autoria confirmada. O Hamas acusa as Forças de Defesa Israelenses pelo bombardeio, mas Israel nega, alegando que os agressores seriam a Jihad Islâmica. Um porta-voz do grupo extremista negou a autoria.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto oficial em memória das vítimas do ataque ao hospital Ahli Arab. Ele classificou o ocorrido como um massacre, acrescentando mais tensão a uma região já dilacerada pelo conflito.