Israel começou a intensificar os ataques aéreos em várias regiões da Faixa de Gaza na madrugada desta quinta-feira (19). O primeiro grande bombardeio matou 33 pessoas em Rafah – onde o exército israelense afirma ter matado um dos líderes do grupo extremista Hamas –, e o segundo foi em Khan Younis.
Tanques israelenses foram vistos disparando através da fronteira com Gaza. Segundo fontes médicas consultadas pelo jornal Al Jazeera, uma família de 11 pessoas foi morta, incluindo seis crianças. Até agora, chega a 44 o número de mortos somente nesta quinta. Desde a escalada do conflito, 3.785 palestinos morreram na Faixa de Gaza, e os feridos chegam a 12 mil.
Com os hospitais sobrecarregados em Gaza, incluindo os hospitais particulares que também abriram suas portas aos feridos, os médicos têm atendido pacientes sem anestesia, devido à falta de materiais.
O Exército israelense prepara uma ofensiva terrestre na região. Na última sexta-feira (13), os militares ordenaram que 1,1 milhão de palestinos na Faixa de Gaza se deslocassem para o sul do território. Milhares de habitantes iniciaram uma rota de fuga no último sábado (14), mas as incursões terrestres ainda não foram iniciadas.
Conflito entre Israel e Hamas já dura duas semanas
Desde o dia 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas atacou Israel, milhares de pessoas morreram. No total, o confronto deixou mais de 5 mil mortos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza. O número de palestinos mortos é de 3.785. Entre os israelenses, somam-se 1.402 vítimas. Na região da Cisjordânia, há também 65 vítimas e outros 1.250 feridos.
Segundo a mídia local, dentre os mortos, mais de 700 são crianças e 500 são mulheres. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, durante visita do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que a guerra contra o Hamas será longa.
Nessa quarta (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou Israel e afirmou que o país "não está sozinho". "Os EUA não vão a lugar nenhum. Nós ficaremos com vocês", garantiu.
"Enquanto os Estados Unidos existirem, e nós existiremos para sempre, vocês não estarão sozinhos", complementou o presidente americano. Biden ainda acusou as "atrocidades" do Hamas de fazerem o Estado Islâmico "parecer mais racional".
Com informações do jornal Al Jazeera.*