Um criança morre a cada 15 minutos nos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza desde que o conflito teve início, no dia 7 de outubro, segundo a ONG "The Defense for Children International – Palestine (DCIP)".
Por dia, mais de cem crianças são mortas no enclave. Ao todo, o conflito já deixou 3.500 pessoas mortas em Gaza, das quais um terço são crianças.
O número é superior ao dobro da guerra de 2014, a mais violenta para crianças entre Israel e Palestina até então, quando 532 morreram.
“Estamos testemunhando um genocídio em tempo real”, disse um porta-voz da DCIP.
Isso porque Gaza tem uma das populações mais jovens do mundo. Quase a metade (47%), tem menos de 18 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária dos que tem até 15 anos constitui 40,5% da população total, enquanto a faixa etária acima de 60 anos constituíam 4,8% da população total, de acordo com dados de 2022.
Confira como é a pirâmide etária do enclave:
A Convenção de Genebra, de 1949, estabeleceu que crianças são legalmente protegidas pelo direito de guerra. Israel é signatário do acordo.
À medida que o conflito escala e as fronteiras permanecem fechadas, organizações de ajuda internacional, incluindo a Save the Children, apelam a um cessar-fogo imediato.
“Um cessar-fogo imediato e o acesso humanitário são as principais prioridades para permitir a tão necessária ajuda às crianças e famílias em Gaza. Uma criança é uma criança. As crianças em todos os lugares devem ser protegidas em todos os momentos e nunca devem ser atacadas", disse a Unicef em comunicado.
Pelo menos 14 crianças também estariam entre as 1.400 vítimas israelenses do ataque do grupo armado palestino Hamas. Os terroristas também mantém 200 pessoas como reféns, entre elas, crianças. Israel não divulgou dados sobre a demografia de todos os mortos naquele ataque.