Nesta terça-feira (17), a Embaixada do Brasil na Palestina confirmou que famílias brasileiras na Faixa de Gaza desistiram da repatriação por falta de apoio financeiro no Brasil, decidindo permanecer na zona de conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Além de dois brasileiros que acabaram de desistir da repatriação, outra família com seis pessoas - um casal e seus quatro filhos - também decidiu permanecer na palestina em vez de cruzar a fronteira com o Egito e voltar ao Brasil em seguida por medo de enfrentar dificuldades financeiras no país.
Essa postura se explica pelo fato de que a repatriação cobre o transporte de Gaza até o Brasil, mas a partir daí as famílias precisam arcar com suas demais despesas após chegar ao país. Além disso, quando a guerra terminar, aqueles que desejarem voltar para a Palestina também precisarão arcar com as despesas da viagem.
O embaixador Alessandro Candeas, representante do Brasil na Palestina, disse à rede de televisão Globonews que a representação diplomática está verificando opções de acolhimento em São Paulo.
O iG solicitou esclarecimentos à Embaixada Brasileira na Palestina sobre o apoio que pode ser oferecido a esses cidadãos e quando essa decisão será tomada, mas até o momento não houve resposta.
Até o momento, há 26 pessoas na lista de repatriação, e a maior parte do grupo é formada por crianças e mulheres. Ao todo, são 17 brasileiros, sete palestinos portadores de Carteira de Registro Nacional Migratório (RNM) e dois palestinos, todos nas cidades de Khan Younes e Rafah, que ficam próximas à fronteira de Gaza com o Egito.
No momento a passagem de Rafah está fechada e os civis aguardam a liberação por parte do Egito para que possam deixar a zona de conflito em direção a um aeroporto de onde partirá o voo de volta ao Brasil.