O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que não vai bloquear a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. No comunicado divulgado nesta quarta-feira (18), o governo israelense expressa que a entrada, no entanto, deverá ser feita unicamente pela fronteira entre Gaza e o Egito . Israel faz fronteira com a região, mas disse que não liberará até que os reféns sejam libertos pelo grupo extremista Hamas.
No documento, o gabinete diz: "À luz da exigência do presidente Biden, Israel não bloqueará as entregas de ajuda humanitária, desde que consistam em água, alimentos e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza… e desde que a ajuda não chegue ao Hamas”.
O anúncio foi feito poucos instantes após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , fazer uma declaração de que Israel estava de acordo em liberar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A entrada de suprimentos, entretanto, deverá ser inspecionada para garantir que não sejam roubados ou desviados pelo Hamas.
A região de Gaza tem sido alvo de ataques aéreos contantes. Os palestinos que estão no enclave dizem que estão lidando com a escassez de água, comida e eletricidade, que está sendo causada pelo "cerco total" que Israel fez na região. A medida levou ao acúmulo de caminhões com suprimentos e ajuda humanitária na fronteira do Egito com Gaza.
A ajuda aguarda na passagem de Rafah, única entrada ou saída de Gaza que não é controlada por Israel . Entretanto, desde os ataques terroristas do dia 7 de outubro, a passagem segue fechada.
As negociações para a abertura da passagem de Rafah é delicada, pela necessidade da aprovação do Egito, Hamas e de Israel , uma vez que na contraofensiva em Gaza, o Exército Israelense acaba atingindo a vizinhança de Rafah .