Israel não permite abertura da passagem de Rafah, diz ministro egípcio

Sameh Shoukry, ministro das relações exteriores do Egito, disse que a situação das pessoas em Gaza é "perigosa"

Destruição causada pelos ataques à Faixa de Gaza
Foto: Divulgação
Destruição causada pelos ataques à Faixa de Gaza

O ministro das Relações Exteriores, do Egito, Sameh Shoukry, disse nesta segunda-feira (16) que Israel não permitiu a saída das pessoas presas na Faixa de Gaza pela  passagem de Rafah, a principal rota para chegar no Egito.

Ele completou dizendo que a situação dos palestinos em Gaza segue "perigosa". 

São 28 os brasileiros que pediram ajuda para deixar a Faixa de Gaza. Eles estão divididos em dois grupos: dez aguardam em Rafah, local a 1km do Egito; outros 18 estão em Khan Yunis, cidade ao sul do enclave. 

Israel ordenou a saída dos civis do norte da Faixa de Gaza em meio à ameaça de mais bombardeios e de uma invasão terrestre. Com isso, os brasileiros se deslocaram para o sul em ônibus alugados pelo governo brasileiro.

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) aguarda, em Roma, a chegada dos brasileiros ao Egito para repatriá-los. 

O governo brasileiro estuda duas opções de saída pelo Egito: uma pelo aeroporto de Al Arish, a 53km da Faixa de Gaza; e outra pelo Aeroporto do Cairo, a 350 km – a opção considerada a mais provável até o momento. 

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou, na madrugada desta segunda (16), a existência de um acordo de cessar-fogo temporário em Gaza para permitir a retirada de estrangeiros da região.

"Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros", disse um comunicado do gabinete de Netanyahu.