Lula conversa com o presidente da Autoridade Palestina
Ricardo Stuckert/PR
Lula conversa com o presidente da Autoridade Palestina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais nesta quarta-feira (18) para condenar o bombardeio ao hospital Ahli Arab , na Cidade de Gaza, que deixou 471 mortos, segundo o Ministério da Saúde local. 

Segundo Lula, o ataque, ainda sem autoria confirmada, é uma "tragédia injustificável". Ele reforçou ainda o apelo para que o conflito acabe para preservar a vida de civis. 

"O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra", escreve o presidente. 

Após o bombardeio, o número de mortos na Faixa de Gaza atingiu 3.300, além de outros 12.000 feridos. 

Lula repostou o apelo que havia feito no dia 11 de outubro, 4 dias após o ataque do Hamas a Israel, que deu início ao conflito. No documento, Lula prega a preservação da vida de crianças no Oriente Médio.

O Hamas acusa as Forças de Defesa Israelenses pelo bombardeio ao hospital, mas Israel nega, alegando que os agressores seriam a Jihad Islâmica . Um porta-voz do grupo extremista negou a autoria. 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto oficial em memória das vítimas do ataque ao hospital Ahli Arab. Ele classificou o ocorrido como um massacre, acrescentando mais tensão a uma região já dilacerada pelo conflito.

Reação internacional

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “nada pode justificar atacar civis”.

“O acesso humanitário à Faixa de Gaza deve ser aberto sem demora”, acrescentou num comunicado publicado no X.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (18) que o bombardeio ao hospital Ahli Arab , na Cidade de Gaza, é uma "catástrofe terrível"

O premiê alemão Olaf Scholz disse que ficou “horrorizado” com as imagens da explosão do hospital, mas não atribuiu culpa pelo ataque.

“Civis inocentes foram feridos e mortos”, disse ele numa publicação no X, acrescentando que uma “investigação completa” é “imperativa”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque ao hospital num comunicado publicado pela ONU.

Numa publicação que fez no X, Guterres disse estar “horrorizado com a morte de centenas de civis palestinianos num ataque a um hospital em Gaza”, acrescentando que os hospitais e o pessoal médico “estão protegidos pelo direito humanitário internacional”. Posteriormente, apelou a um “cessar-fogo humanitário imediato” na guerra.

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O chefe da União Africana, Moussa Faki Mahamat, acusou Israel de um “crime de guerra” após o ataque.

“Não há palavras para expressar plenamente a nossa condenação ao bombardeamento de Israel contra um hospital de #Gaza hoje, matando centenas de pessoas”, disse Faki no X, apelando à ação da comunidade internacional.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou o ataque e enfatizou a importância de aderir às leis da guerra.

“As notícias que chegam de Gaza são horríveis e absolutamente inaceitáveis… o direito internacional precisa de ser respeitado neste e em todos os casos. Existem regras em torno das guerras e não é aceitável atingir um hospital”, disse Trudeau a repórteres.

Os Médicos Sem Fronteiras condenaram o ataque, afirmando que “estão horrorizados com o recente bombardeio” do hospital que tratava pacientes e abrigava moradores de Gaza deslocados.

“Isto é um massacre”, disse o Dr. Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza, no comunicado.

O governo egípcio emitiu uma declaração denunciando o ataque “nos termos mais fortes”, apelando à comunidade internacional para intervir e prevenir novas violações.

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