Japão pede que Irã converse com o Hamas para aliviar tensão no Oriente Médio, desencadeada pelo conflito entre o grupo extremista e Israel
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Japão pede que Irã converse com o Hamas para aliviar tensão no Oriente Médio, desencadeada pelo conflito entre o grupo extremista e Israel

Nesta terça-feira (17), a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, pediu que seu homólogo do Irã converse com o Hamas para tentar aliviar a  tensão do conflito com Israel, iniciado no último dia 7 após um ataque surpresa do grupo extremista islâmico.

Kamikawa conversou com o ministro iraniano Hossein Abdollahian por telefone nesta terça, de acordo com a agência de notícias Reuters . Na ocasião, eles concordaram em cooperar para melhorar a  ajuda humanitária à Gaza, informou o Ministério das Relações Exteriores japonês em comunicado.

Eles também chegaram a um acordo sobre a importância da comunidade internacional se unir para enviar  apoio humanitário aos civis que residem na região.

Hoje, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que o "genocídio" de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza deveria parar "imediatamente". Nessa segunda (16), um representante da missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York (EUA) disse que  o país não vai se envolver no conflito desde que o "apartheid israelense não se atreva a atacar" o território iraniano.

"As Forças Armadas do Irã não se envolverão, desde que o ‘apartheid israelense’ não se atreva a atacar o Irã, os seus interesses e os nacionais. A frente de resistência pode se defender", disse ele à Reuters .

Segundo a ministra do  Japão, cerca de 900 cidadãos japoneses estão em Israel e nos territórios palestinos atualmente. O vice-secretário-chefe de gabinete, Hideki Murai, afirmou que o governo do país pretende repatriá-los na segunda metade desta semana.

A ofensiva no Oriente Médio começou após o  Hamas realizar um ataque surpresa em Israel no último dia 7. Na ocasião, o grupo radical bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes. Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra, em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país.

Depois disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo.

Na quinta-feira (12), as  Forças Armadas de Israel pediram que os moradores de Gaza, que é comandada pelo Hamas, deixassem a região em até 24 horas e se deslocassem em direção ao sul.

Após o fim do prazo dado pelo país, o Exército israelense intensificou os ataques contra Gaza, em contraofensiva.

De acordo com a agência da ONU que apoia os refugiados palestinos (UNRWA), em torno de 1 milhão de moradores de Gaza deixaram suas casas fugindo dos ataques. No sul da Faixa de Gaza, a situação já é "insuportável", segundo a ONU, com famílias chegando a abrigos que não têm alimento, eletricidade, remédios e outros itens básicos para recepcioná-las.

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