A Rússia apelou mais uma vez nesta segunda-feira (16) por um "cessar-fogo imediato" na guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas.
A afirmação foi divulgada pelas agências russas, citando o conselheiro presidencial para Política Externa, Yuri Ushakov.
Até o momento, no entanto, o governo israelense negou qualquer hipótese de cessar-fogo com o Hamas e promete erradicar o poder militar da organização.
Hoje, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou por telefone com seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi. O país é aliado do Hamas, mas nega qualquer envolvimento com a ofensiva realizada pelo grupo em Israel no último dia 7 de outubro.
As declarações de Putin acontecem enquanto a Rússia trava uma guerra contra a Ucrânia, após a invasão ao território do país em fevereiro do ano passado. O russo ainda é investigado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade durante o conflito, que completa dois anos de duração no início de 2024. Entre outros pontos, o caso inclui acusações de alvejar civis.
Durante a conversa, Raisi alertou Putin que "o cerco em curso, o assassinato de mulheres e crianças e o ataque terrestre à Faixa de Gaza" levarão a "uma longa guerra em diversas frentes", informou Mohammad Jamshedi, vice-chefe de gabinete da presidência iraniana, na rede social X (antigo Twitter).
A guerra entre Israel e Hamas já contabiliza cerca de 4,15 mil mortos, sendo 2,75 mil do lado palestino e 1,4 mil do lado israelense.