O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não existe um acordo de cessar-fogo temporário em Gaza para que os estrangeiros sejam retirados da região, previsto para esta segunda-feira (16).
Egito, Israel e Estados Unidos haviam concordado com uma trégua temporária na área para que a fronteira em Rafah, no sul de Gaza, com a Península do Sinai, no Egito, fosse reaberta, tinha informado a agência de notícias Reuters , com base em duas fontes de segurança egípcias.
"Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros", disse o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Além disso, o chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, também afirmou não ter recebido nenhuma informação do Egito sobre um plano para que a fronteira fosse reaberta.
O acordo, de acordo com a Reuters, estava previsto para valer a partir das 9h do horário local (3h no horário de Brasília) desta segunda. Fontes ouvidas pela agência em Al-Arish disseram, porém, que a fronteira continuava fechada neste horário.
O cessar-fogo para esses fins coincidiria com a reabertura da passagem na fronteira de Rafah, o que havia sido concordado pelos três países, segundo a Reuters , para valer até as 17h do horário local (11h em Brasília).
Conforme a agência, porém, a Embaixada dos Estados Unidos de Israel não se manifestou sobre a medida.
Nesse domingo (15), o e mbaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse que esperava que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza pudessem atravessar a fronteira para o Egito. De acordo com ele, a embaixada também recebeu informações de que a fronteira seria reaberta ainda hoje.
Um grupo de 28 pessoas — sendo 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil — continua abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, e aguarda autorização para cruzar a fronteira.
Os brasileiros foram transferidos para o local no último sábado (14). Inicialmente, o grupo aguardaria na cidade de Khan Yunis pela autorização do governo do Egito para ingressar em território e embarcar em um voo de volta ao Brasil. No entanto, já com o grupo em Khan Yunis, as autoridades optaram por transferir os brasileiros para Rafah.