Nesta segunda-feira (9), Israel anunciou a convocação de 300 mil reservistas de seu exército em 48 horas - número exorbitante e sem precedentes na história - para realizar um cerco à Faixa de Gaza para enfrentar o Hamas, um grupo extremista armado que é uma das maiores organizações islâmicas dos territórios palestinos e controla a Faixa de Gaza desde 2007.
A prática de cercar um inimigo e impedir a entrada de recursos como água e comida é considerada um crime de guerra . O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse que “nunca convocamos tantos reservistas, em uma escala como essa".
O governo israelense disse ainda que pediu aos moradores do norte e leste da Faixa de Gaza - que não tem abrigos antiaéreos oficiais - para deixarem suas casas.
Desde sábado (7) o país declarou guerra ao Hamas, grupo islâmico armado que se opõe ao Estado de Israel e reivindica seus territórios, após um ataque surpresa promovido pelo Hamas, que lançou mais de 5.000 foguetes matando pelo menos 22 israelenses e deixando 250 feridos. Foi a ação violenta mais brutal dos últimos 50 anos na região.
Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense retaliou, lançando bombas em direção à Faixa de Gaza e declarando uma guerra que promete ser demorada e sangrenta. "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O balanço mais recente das autoridades locais apontam ao menos 1.300 mortos, sendo 800 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia, além de milhares de feridos.