O Hamas, movimento islamista palestino, anunciou que bombardeou Israel neste sábado com mais de cinco mil foguetes, no que chamou de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque.
O ataque deixou, ao menos, 40 mortos e 700 feridos, segundo autoridades de emergência do país.
"Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" na Faixa de Gaza.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”
“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.
“Os residentes na área em redor da Faixa de Gaza foram convidados a permanecer nas suas casas”, disse o exército israelense num comunicado anunciando a infiltração.
Os foguetes foram lançados a partir da Faixa de Gaza próximo às 6h30 da manhã no horário local e seguiram por 30 minutos, informou um repórter da agência AFP.
A polícia de Israel acionou sirenes e pediu que a população do sul do país se abrigasse em abrigos antimísseis.
A Faixa de Gaza é bloqueada desde que o Hamas assumiu o poder do território, em 2007.
O exército de Israel também afirmou que os palestinos se infiltraram no território por terra, mar e ar, com a ajuda de parapentes.
"Houve um ataque combinado com a ajuda de parapentes ", disse o porta-voz do exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, a repórteres. "Neste momento estamos a combater em diferentes pontos da Faixa de Gaza (…) as nossas forças estão a combater no terreno em Israel."
Ele afirmou que há feridos, mas não deu o número.