O partido de Benjamin Netanyahu apresentou, nesta quarta-feira (28), o programa de governo do futuro primeiro-ministro de Israel. O destaque ficou por conta da declaração de intenção de expandir os assentamentos na Cisjordânia ocupada.
Netanyahu foi primeiro-ministro israelense de 1996 a 1999, e de 2009 a 2021. Seu último mandato foi encerrado em meio a escândalos de corrupção. O juramento para o início do seu terceiro mandato está previsto para acontecer nesta quinta-feira (29).
"O povo judeu tem direito exclusivo e inalienável a todas as partes da Terra de Israel. O governo promoverá e desenvolverá o assentamento de todas as partes da Terra de Israel – na Galiléia, Negev, Golã, Judéi e Samaria”, afirmou o Likud, partido de Benjamin.
O documento citou que o próximo governo de Israel vai se esforçar para fortalecer a segurança na Cisjordânia para, assim, "combater e derrotar o terrorismo".
Em maio deste ano, Israel anunciou a construção de mais de 4 mil casas em assentamentos na Cisjordânia ocupada. Israel já construiu mais de 130 assentamentos na Cisjordânia que hoje abrigam cerca de 500 mil colonos israelenses, e quase 3 milhões de palestinos vivem no território sob o domínio militar de Israel.
A maioria das potências mundiais considera os assentamentos de Israel como ilegais. O governo israelense, por outro lado, contesta isso, citando necessidades de segurança e conexões bíblicas, históricas e políticas com o território.
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