Nesta quinta-feira (3), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se apresentar novamente à Justiça norte-americana. Ele será indiciado formalmente no processo que investiga seus esforços para tentar reverter de forma ilegal o resultado das eleições de 2020, nas quais o presidente Joe Biden foi eleito. Entre as ações incluídas no processo também está o ataque ao Capitólio, em janeiro do ano seguinte.
A audiência está prevista para acontecer às 16h do horário local (17h no horário de Brasília), no tribunal federal em Washington, nos Estados Unidos.
O indiciamento será emitido em 1º de agosto pela Justiça e acusa o ex-mandatário de: conspirar fraudar os Estados Unidos; conspirar para obstruir um processo oficial; conspirar contra o direitos norte-americanos; e obstruir ou tentar obstruir um procedimento oficial.
A equipe de campanha de Trump considera que as acusações se tratam de "mais um capítulo corrupto" do governo de Biden e do Departamento de Justiça norte-americano para tentar manipular as eleições de 2024, as quais o ex-mandatário planeja concorrer.
Apoiadores do ex-presidente afirmam que se trata de um jogo político, já que as acusações poderiam ter sido feitas antes, mas a escolha do momento demonstra motivação política, uma vez que o início da campanha eleitoral se aproxima.
No início do ano, Trump disse que não abandonaria a corrida presidencial mesmo se fosse indiciado em qualquer uma das investigações federais e estaduais que enfrenta.
Trump vai disputar as prévias do Partido Republicano com o atual governador da Flórida, Ron DeSantis. Marcadas para 15 de janeiro do ano que vem, as eleições internas têm o objetivo de definir quem será o candidato do grupo a concorrer à presidência.
Nas prévias, de acordo com o agregador de pesquisas FiveThirtyEight , o ex-presidente tem 53,4% das intenções de voto, enquanto DeSantis aparece com 15,6%. O empresário Vivek Ramaswamy e o ex-vice-presidente Mike Pence aparecem na sequência, com 6,9% e 4,4%, respectivamente.
Já em relação à presidência, caso Trump concorra, ele e Biden estão empatados em intenções de voto, segundo pesquisa do New York Times , com 43% em uma eventual disputa.