O Ministério da Defesa da Rússia disse que o Grupo Wagner entregou "milhares de toneladas de armas e munições" para as Forças Armadas russas. Conforme a pasta, foram devolvidas mais de duas mil peças de equipamento, entre elas, centenas de tanques, e mais de 2,5 mil toneladas de munição.
Nas redes sociais, o ministério russo também publicou um vídeo que mostra funcionários fazendo inspeção de equipamentos militares pesados que supostamente estavam sob posse do grupo de mercenários liderado por Yevgeny Prigozhin.
A devolução do armamento indica cumprimento de algumas partes do acordo que foi mediado pelo presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, para dar fim ao confronto que ocorreu entre os dias 23 e 24 de junho.
Relembre o caso
No sábado (24), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve negociações entre as partes, mediadas pelo governo de Belarus, e um acordo foi alcançado com o grupo. Ele acrescentou que "evitar derramamento de sangue é mais importante do que perseguir alguém criminalmente".
Nenhum dos membros do Grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Na ocasião, também foi acordado que Prigozhin se exilasse em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo.