Nesta segunda-feira (10), o Kremlin informou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrou com o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, cinco dias após os mercenários terem feito a tentativa de rebelião, quando marcharam em direção a Moscou.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Putin convidou 35 pessoas para a reunião, que ocorreu em 29 de junho, incluindo comandantes de unidade. O encontro, segundo afirmou Peskov a jornalistas, durou três horas.
Conforme o porta-voz, na ocasião, os comandantes do Wagner disseram ao presidente russo que eram seus soldados e que continuariam a lutar por ele.
O Grupo Wagner ameaçou invadir a capital russa e se dirigiu a Moscou no último dia 23, até que um acordo foi anunciado no dia seguinte.
No sábado (24), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve negociações entre as partes, mediadas pelo governo de Belarus, e um acordo foi alcançado com o grupo. Ele acrescentou que "evitar derramamento de sangue é mais importante do que perseguir alguém criminalmente".
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Na ocasião, também foi acordado que Prigozhin se exilasse em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo.