A polícia russa realizou uma operação nas instalações do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em São Petersburgo, mostrou a TV da Rússia em transmissão ao vivo. As imagens divulgadas foram supostamente filmadas durante a entrada dos policiais no escritório de Prigozhin, em um de seus "palácios".
A filmagem, transmitida pelo programa "60 Minutos", do canal Rossiya-1, nessa quarta-feira (5), mostrava caixas cheias de rublos de altas quantias e maços de dólares em uma residência de luxo, com até mesmo um helicóptero — que supostamente pertence a ele —, além de um esconderijo de armas e uma coleção de perucas.
No local, também havia uma sala de tratamento médico equipada, barras de ouro e uma coleção de marretas, inclusive a ferramenta que ele disse ser o símbolo de vingança contra traidores.
A invasão à mansão de Prigozhin ocorreu, segundo a mídia local, horas após o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, anunciar que o chefe do Wagner estava em território russo.
Conforme a agência de notícias estatal Belta, em 27 de junho, Prigozhin estava em Belarus. A ida dele ao país era prevista em um acordo firmado entre o chefe do Wagner e o governo russo para encerrar a tentativa de rebelião do grupo ocorrida no último dia 23.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve negociações entre as partes, mediadas pelo governo de Belarus, e um acordo foi alcançado e acrescentou que "evitar derramamento de sangue é mais importante do que perseguir alguém criminalmente".
De acordo com Moscou, o acordo estabelece o seguinte: Prigozhin deve se exilar em Belarus, um país aliado da Rússia, deixando tanto a frente na Ucrânia quanto São Petersburgo, sua cidade natal.
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.