A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que os corpos de pelo menos 87 pessoas foram enterrados em uma cova comum em Darfur, no oeste do Sudão. Segundo ONU, elas teriam sido mortas em junho por forças paramilitares e seus aliados.
Essas pessoas foram assassinadas entre 13 e 21 de junho nos distritos de Al Madaress e Al Jamarek de El Geneina, conforme o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
De acordo com as informações, os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), obrigaram a população local a enterrar os corpos em uma vala comum.
O Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou o "assassinato de civis e pessoas que não participam dos combates" que ocorrem no Sudão e disse estar "consternado" com a falta de respeito aos mortos e suas famílias, devido à forma como foram enterrados.
"Deve acontecer uma investigação imediata, completa e independente sobre os assassinatos, e os responsáveis devem responder por isso", afirmou, segundo a agência de notícias AFP .
Entre os mortos, estão "muitas vítimas da violência que eclodiu após o assassinato do governador de Darfur do Oeste, Khamis Abakar, em 14 de junho, pouco depois de sua prisão pelas FAR", disse ele.
Após os atos de violência, muitos corpos foram deixados nas ruas por dias e, segundo o que testemunhas relataram ao Alto Comissariado, não foi permitido encaminhar os feridos a hospitais.
Algumas dessas pessoas morreram devido à falta de atendimento médico.