Fundador da OceanGate rebate críticas: 'Comprometido com a segurança'

Cofundador defendeu CEO da empresa, que morreu na implosão do submarino, e negou que ele agisse de forma imprudente

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Foto: Twitter/@OceanGate - 21.12.2023
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O cofundador da OceanGate Expeditions, empresa cujo  submarino implodiu com cinco pessoas que foram ver os destroços do Titanic, rebateu as críticas e disse que a segurança estava em primeiro lugar quando a companhia foi criada.

A declaração foi dada após o diretor do filme "Titanic", James Cameron, ter acusado a OceanGate de ignorar alertas de segurança após a confirmação da  morte de todos os tripulantes pela Guarda Costeira dos Estados Unidos nessa quinta-feira (23).

Guillermo Soehnlein fundou a empresa com o piloto Stockton Rush, que  estava a bordo do submersível e morreu na implosão. Ele disse, no entanto, que não participou do projeto de concepção do Titan, mas negou que o amigo atuasse de forma imprudente.

"Ele era extremamente comprometido com a segurança", afirmou Soehnlein à emissora britânica Times Radio. "Ele também era extremamente diligente na gestão de riscos e muito consciente dos perigos de operar em um ambiente oceânico profundo."

"Esta foi uma das principais razões pelas quais concordei em fazer negócios com ele em 2009", acrescentou.

Soehnlein disse que o próprio James Cameron fez descidas em submersíveis, inclusive mais de 30 vezes para ver os destroços do navio afundado no Atlântico Norte e ao ponto mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico.

"Eu acho que ele foi questionado sobre um risco similar e disse: 'Olha, se algo acontecer nessa profundidade, será catastrófico em questão de microssegundos'. Ao ponto em que a implosão acontece em velocidades quase supersônicas e você basicamente estaria morto antes que seu cérebro pudesse processar que algo estava errado."

Ele também disse que considera muito cedo para afirmar o que aconteceu com o Titan e que é muito complicado formular regras globais para submersíveis que foram projetados para navegar em grandes profundidades.

Para ele, a investigação sobre o que motivou o acidente deve continuar.

"Assim como na exploração espacial, a melhor maneira de preservar as memórias e os legados dos cinco exploradores é conduzir uma investigação, descobrir o que deu errado, tirar as lições aprendidas e seguir em frente", acrescentou.

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