Guillermo Lasso
Reprodução: Flicker
Guillermo Lasso

Guillermo Lasso , presidente do Equador dissolveu a Assembleia Nacional do país e convocou novas eleições parlamentares. A decisão do mandatário ocorre após os deputados realizarem, na última terça-feira (16), a primeira audiência sobre processo de impeachment contra o chefe de Estado.

O decreto de Lasso foi publicado nesta quarta-feira (17) com urgência e efeito imediato. Segundo ele, o Congresso precisou ser dissolvido "por grave crise política e comoção interna".

Ele ainda determinou que o Conselho Nacional Eleitoral do Equador convoque novas eleições gerais nos próximos sete dias, além do fim do mandato de todos os deputados do país.

Decreto de Guillermo Lasso
Reprodução: Governo do Equador - 17/05/2023
Decreto de Guillermo Lasso


As eleições para deputados estavam previstas para acontecer somente em 2025.

Impeachment

O Congresso Nacional do Equador iniciou na terça-feira (16) o julgamento de Guillermo Lasso, acusado de ter cometido peculato na gestão da estatal de navegação Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec).

De acordo com as denúncias, Lasso manteve em vigência um contrato assinado antes de se tornar presidente. O compromisso era sobre o transporte de petróleo bruto com a empresa Amazonas Tanker, que deixou prejuízos de mais de US$ 6 milhões (R$ 29,6 milhões). 

Lasso esteve presente no julgamento e alegou ser inocente.

"Não há provas e nem testemunhos relevantes. A única coisa que há são informações que comprovam minha total, evidente e inquestionável inocência", disse o presidente do Equador.

E continuou:  "Aqueles acusadores que quiseram tomar o poder até por quatro ocasiões em dois anos de meu governo, esses acusadores que foram movidos por um rancor sobre-humano, se nunca conseguiram encontrar nada, então só se pode concluir que não há nada a encontrar, absolutamente nada".

A abertura do processo de impeachment ocorreu há uma semana, com 88 votos de 116 deputados. O julgamento é apoiado por vários partidos, incluindo o do ex-presidente equatoriano, Rafael Correa, que foi condenado a 8 anos de prisão e vive na Europa. Ele é o líder da oposição ao atual governo.

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