A jovem que alegou ser Madeleine McCann lançou uma campanha de arrecadação de fundos para que a população possa ajudá-la a "se reerguer". Julia Faustyna fez um apelo aos seguidores nas redes sociais para que ela consiga financiar um advogado e sessões de terapia, após testes de DNA apontarem que ela não é a menina britânica desaparecida.
A criança, que desapareceu em 2007, em Portugal, com apenas três anos, não foi encontrada e as alegações da jovem dizendo ser Madeleine foram postas como falsas.
Desde a divulgação dos resultados dos exames, a jovem teria deixado os Estados Unidos para retornar ao seu país natal, a Polônia , mas criou uma 'vaquinha online' para que os seguidores doem quantias que possam ajudá-la a se reestabelecer.
Nas redes, Julia escreveu: "Sinto-me tão envergonhada por pedir esse tipo de ajuda, mas preciso encontrar um bom advogado, terapeuta. Eu realmente preciso da sua ajuda, mas se não quiser ajudar eu entendo."
"Eu criei essa arrecadação de fundos porque muitas pessoas me escreveram que eu deveria fazer isso, já que é uma possibilidade de eu pagar um advogado, terapia... Obrigada e, por favor, não sejam rudes, eu sempre recusei aceitar dinheiro, mas eu sei que muitos de vocês querem me ajudar..."
De acordo com o site usado pela jovem para arrecadar o dinheiro, a quantia doada até o momento chega a €621.00 (aproximadamente R$ 3.395,61).
Ao falar sobre a 'vaquinha', Julia disse ter sido "coagida" a uma viagem aos Estados Unidos e "isolada" das pessoas ao seu redor. Agora, ela afirmou estar em casa, mas que precisa de ajuda para voltar a "uma vida normal".
"Preciso me recompor, preciso ser capaz de chegar a um lugar onde possa retornar à força de trabalho e prosperar na carreira que escolhi. Para fazer isso, preciso de apoio ao meu redor como advogados e profissionais", escreveu.
Ao Daily Star , um investigador particular disse que Julia ficou "desapontada" com o resultado dos testes.
Anteriormente, em fevereiro, policiais já haviam descartado a possibilidade de Julia ser a menina desaparecida.
Relembre o caso
Julia Faustyna criou uma conta no Instagram dizendo acreditar ser Madeleine McCann. A conta criada pela mulher atingiu mais de 1,1 milhão de seguidores — mas que, semanas depois, foi deletada. Ela mora em Bréslavia, na Polônia.
No perfil criado no Instagram, que recebia o nome @iammadeleinemccan, Julia Faustyna dizia ser ignorada pelos investigadores do Reino Unido e da Polônia, solicitava um teste de DNA e pedia para conversar com Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine.
Em uma das imagens, ela dizia não se lembrar de parte de sua infância, mas tem a memória de quando passou "férias em um lugar quente, onde havia praia e prédios brancos ou muito claros". "Eu não vejo minha família nessa memória", afirmou, dizendo ter amnésia pós-traumática.
"Acho que posso ser a Madeleine. Estou em contato com uma pessoa da fundação polonesa de pessoas desaparecidas. Provavelmente farei teste de DNA , mas depende da decisão da polícia", escreveu ela no Facebook .
Em mensagens compartilhadas nas redes, a mãe de Faustyna disse que a filha está "armando um circo" e que ela precisa de ajuda psiquiátrica. "Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar", escreveu a mãe dela.
Embora Madeleine McCann tenha desaparecido há mais de 15 anos, o caso continua sendo um dos de maior repercussão , já que, até hoje, os investigadores ainda não sabem ao certo o paradeiro da criança.
Em 2022, o principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, foi processado pela Justiça portuguesa acusado de cometer cinco crimes sexuais entre 2000 e 2017. Nenhum deles, porém, está relacionado ao desaparecimento de Madeleine.
Investigadores alemães acreditam que o homem teria matado a menina após sequestrá-la do apartamento em que estava hospedada na Praia da Luz, de acordo com o Ministério Público de Braunschweig. Brueckner foi declarado suspeito oficialmente somente no ano passado , mas já é investigado por autoridades do país há dois anos.
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