Um detetive particular que ajuda a jovem que acredita ser Madeleine McCann, Julia Faustyna , disse ter evidências de que ela não é filha da família que a criou na Polônia e que ela foi "traficada por um grupo de tráfico internacional de mulheres".
A jovem fez três testes de DNA diferentes após a repercussão do caso, mas os resultados ainda não foram divulgados. Um deles deve determinar se ela tem ascendentes britânicos, como Madeleine , ou poloneses, como diz a família dela.
Caso o teste indique ascendente britânico, as autoridades de Portugal — país onde a criança desapareceu — serão acionadas.
"Nós temos muitas evidências agora de que Julia foi traficada para a Polônia de outro país por um grupo de tráfico internacional de mulheres. Ainda estamos conduzindo as investigações, mas Julia definitivamente não é filha biológica dos parentes dela na Polônia", afirmou Fia Johansson, detetive particular que é porta-voz de Julia, ao site Radar Online.
Anteriormente, as autoridades polonesas e britânicas, ao falarem sobre o caso, negaram que Julia tenha qualquer parentesco com a família McCann . A principal linha de investigação das autoridades é que a menina britânica foi sequestrada, à época, por um alemão, que está preso por outro crime.
"As ações realizadas pelos policiais até o momento contradizem a versão apresentada pela jovem. As atividades ainda estão em andamento, mas já é possível descartar que essa versão seja verdadeira", afirmou o porta-voz da polícia polonesa Pawel Noga, em comunicado.
Relembre o caso
Julia Faustyna criou uma conta no Instagram dizendo acreditar ser Madeleine McCann . A conta criada pela mulher atingiu mais de 1,1 milhão de seguidores — mas que, semanas depois, foi deletada. Ela mora em Bréslavia, na Polônia.
No perfil criado no Instagram, que recebia o nome @iammadeleinemccan, Julia Faustyna dizia ser ignorada pelos investigadores do Reino Unido e da Polônia, solicitava um teste de DNA e pedia para conversar com Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine.
Em uma das imagens, ela dizia não se lembrar de parte de sua infância, mas tem a memória de quando passou "férias em um lugar quente, onde havia praia e prédios brancos ou muito claros". "Eu não vejo minha família nessa memória", afirmou, dizendo ter amnésia pós-traumática.
"Acho que posso ser a Madeleine. Estou em contato com uma pessoa da fundação polonesa de pessoas desaparecidas. Provavelmente farei teste de DNA, mas depende da decisão da polícia", escreveu ela no Facebook .
Em mensagens compartilhadas nas redes, a mãe de Faustyna disse que a filha está "armando um circo" e que ela precisa de ajuda psiquiátrica. "Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar", escreveu a mãe dela.
Embora Madeleine McCann tenha desaparecido há mais de 15 anos, o caso continua sendo um dos de maior repercussão , já que, até hoje, os investigadores ainda não sabem ao certo o paradeiro da criança.
Em 2022, o principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, foi processado pela Justiça portuguesa acusado de cometer cinco crimes sexuais entre 2000 e 2017. Nenhum deles, porém, está relacionado ao desaparecimento de Madeleine.
Investigadores alemães acreditam que o homem teria matado a menina após sequestrá-la do apartamento em que estava hospedada na Praia da Luz, de acordo com o Ministério Público de Braunschweig. Brueckner foi declarado suspeito oficialmente somente no ano passado , mas já é investigado por autoridades do país há dois anos.
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