Lula se opõe ao envio de armas para Kiev
Ricardo Stuckert/PR
Lula se opõe ao envio de armas para Kiev


O governo da Rússia está avaliando as propostas de paz relacionadas à guerra na Ucrânia que o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou para o país no começo deste ano. O intuito de Lula é mediar as negociações em torno do fim do conflito. 

De acordo com Mikhail Galuzin, vice-ministro de Relações Exteriores russo, as propostas enviadas pelo chefe do Executivo brasileiro tem como um dos focos a correção de "erros de cálculo no campo da segurança internacional". 

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"Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os atores", afirmou em entrevista à agência de notícias russa TASS.

"Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação 'no terreno'",  complementou. 


Outro ponto abordado pela autoridade russa foi o do reconhecimento da posição de equilíbrio do Brasil em meio à guerra. Lula se opõe ao envio de armamentos a Kiev, mesmo diante da pressão de países como os Estados Unidos.

Um dos motivos para o brasileiro adotar essa posição e o fato de que Brasil e Rússia são parceiros tanto no âmbito global, os dois países fazem parte do BRICS, como em relações bilaterais. 

"Gostaria de enfatizar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos EUA e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev", enfatizou Galuzin.

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