Conflito está nas vésperas de completar 11 meses
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Conflito está nas vésperas de completar 11 meses

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (19) uma resolução que cobra que a União Europeia institua um tribunal internacional especial, em estreita colaboração com a Ucrânia e com a comunidade internacional, para julgar as  lideranças políticas e militares da Rússia por conta da invasão no país vizinho.

O documento recebeu 472 votos a favor, 19 contrários e 33 eurodeputados se abstiveram.

O texto justifica a criação do órgão especial porque as "atrocidades cometidas pelas forças armadas russas em Bucha, Irpin e muitas outras cidades" revelam a brutalidade da guerra e destacam a importância de uma ação internacional coordenada para estabelecer a responsabilidade segundo o direito humanitário.


As localidades citadas pelo Parlamento foram locais de ocupação temporária de tropas russas e que, quando foram retomadas por Kiev, tiveram fossas comuns encontradas com centenas de corpos de civis - muitos com sinais de tortura. Além disso, pessoas foram mortas aparentemente sem motivo nenhum na beira de estradas locais.

Ainda conforme os parlamentares, a instituição de um tribunal do tipo serviria para preencher a lacuna existente no atual ambiente internacional em termos de justiça penal e o órgão poderia ainda se unir aos esforços investigativos do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Ameaça de guerra nuclear

Uma autoridade russa afirmou que  a derrota do país no conflito contra a Ucrânia pode desencadear uma guerra nuclear. A invasão da Rússia completa, no dia 24 de fevereiro, um ano.

A fala foi feita por Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, no telegram. Ele estava tecendo comentários sobre o encontro dos países da Otan para tratar de maiores investimentos para auxiliar a Ucrânia. 

"Baladeiros políticos subdesenvolvidos repetem como mantra: 'para obter a paz, a Rússia precisa perder'. Nunca lhes ocorre trazer a seguinte conclusão elementar disso: a derrota de uma potência nuclear numa guerra convencional pode levar a uma guerra nuclear. Potências nucleares não perdem conflitos em que seu destino está em jogo", escreveu no Telegram.

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