A União Europeia se manifestou após Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciar um cessar-fogo de 36 horas na guerra contra a Ucrânia. A decisão valerá entre sexta e sábado, dias 6 e 7 de janeiro.
Na sua conta oficial do Twitter, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou classificou como "hipócrita" a medida unilateral anunciada pelos russos nesta quinta-feira (5).
"Há um agressor: o Kremlin. E uma vítima: o povo ucraniano. A retirada das tropas russas é a única opção séria para restaurar a paz e a segurança. O anúncio do cessar-fogo unilateral é tão falso e hipócrita quanto as anexações ilegais e grotescas e os respectivos referendos", publicou Michel.
Anúncio da "trégua" no conflito
Esse foi o primeiro cessar-fogo desde que o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado. As tropas russas não irão atacar por 36 horas, a partir do meio-dia de amanhã, dia 6, até o dia 7 — quando é celebrado o Natal ortodoxo.
Em comunicado, Vladimir Putin disse ter seguido orientação do patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Cirilo, que é aliado político do mandatário.
"A partir do fato de um grande número de cidadãos de fé ortodoxa moram nas áreas das hostilidades, pedimos ao lado ucraniano para declarar um cessar-fogo e permitir a eles participar dos serviços na véspera e no dia do Natal", afirmou o líder russo.
A Ucrânia , por outro lado, rejeitou a sugestão e a considerou "hipocrisia". Nas redes sociais, o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak afirmou que a proposta de Cirilo era "uma armadilha cínica e elemento de propaganda".
"Primeiro. A Ucrânia não ataca território estrangeiro e não mata civis. Como o RF faz. A Ucrânia destrói apenas membros do exército de ocupação em seu território... Segundo. A RF deve deixar os territórios ocupados - só assim terá uma "trégua temporária". Guarde a hipocrisia para si mesmo", escreveu Podoliak.
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