Tropas russas mataram mais de 400 civis nos primeiros dois meses de guerra
Divulgação/Câmara Municipal de Mariupol
Tropas russas mataram mais de 400 civis nos primeiros dois meses de guerra


Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta quinta-feira (15) informou que, entre fevereiro e abril deste ano, o exército da Rússia matou cerca de 400 civis em três diferentes regiões da Ucrânia

As execuções teriam aconteceido entre o dia 24 de fevereiro e 6 de abril nas regiões de Kiev, Chernigov e Sumy, em mais de 100 vilarejos espalhados por estes locais. Foram contabilizadas 441 mortes no total. 

Entre as pessoas assassinadas estavam um total de 28 crianças - 20 meninos e 8 meninas. De acordo com as autoridades das Nações Unidas, os números devem ser ainda maiores, dado que as investigações ainda estão em curso.


“É provável que os números reais sejam significativamente maiores enquanto trabalhamos para comprovar outros 198 supostos assassinatos nessas áreas", afirmou Volker Türk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos.

O documento aponta também que pessoas do sexo masculino representam 88% das vítimas no período analisado, o que indica que muitas das mortes ocorreram por conta do gênero.

“Em alguns casos, soldados russos executaram civis em locais de detenção improvisados”, ressaltou Türk. De acordo com ele, “tudo leva a crer que as execuções sumárias documentadas no relatório podem constituir crimes de guerra de homicídio doloso”. 

O alto comissário pontua ainda que as Nações Unidas exigem investigações que possam responsabilizar os russos pela graves violações dos direitos humanos. Contudo, ele afirma que nenhum membro das Forças Armadas russas foi punido até o momento. 

Volker Türk destacou que “as cicatrizes da guerra são profundas", mas que a responsabilização pelos crimes continua a ser “um dos remédios para curar as feridas do conflito”.

"Meu desejo mais profundo é ver o fim desta guerra sem sentido para abrir caminho para um futuro de paz e coesão para todo o povo ucraniano ", afirmou o chefe de direitos humanos da ONU. 

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