ONU critica atuação das forças de seguranças iranianas nos protestos
Reprodução/Twitter
ONU critica atuação das forças de seguranças iranianas nos protestos


O Irã segue enfrentando uma onda de protestos que tiveram início após a morte de Mahsa Amini , em setembro deste ano. E, à medida que as manifestações se espalham pelo país, a repressão dos policiais se intensificam. 

Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (22), em Genebra, Suíça, Jeremy Laurence, porta-voz de direitos humanos da ONU , criticou o "endurecimento" das ações das forças de segurança iranianas frente os manifestantes. 

“Desde que os protestos em todo o país começaram em 16 de setembro, mais de 300 pessoas foram mortas, incluindo mais de 40 crianças. Dois meninos de 16 anos estavam entre os seis mortos no fim de semana. Manifestantes foram mortos em 25 das 31 províncias do Irã, incluindo mais de 100 no Sistão e no Baluquistão", disse Laurence.

Ele ressaltou que a violência do Estado está sendo verificada principalmente em cidades curdas, como Javanrud e Saqqez. Também foi repudiada a conduta das autoridades do Irã ao entregar o corpo dos mortos aos familiares.

“De particular preocupação é a aparente recusa das autoridades em entregar os corpos dos mortos para suas famílias ou condicionar a liberação de seus corpos a que as famílias não falem com a mídia ou concordem em dar uma falsa narrativa sobre a causa da morte”, enfatizou. 

Outro assunto colocado em pauta na coletiva foram as  condenações de morte estabelecidas nos últimos dias a cidadãos que participavam dos protestos. Foi solicitada a revogação de algumas sentenças de morte emitidas. 

“Pedimos às autoridades que libertem todos os detidos em relação ao exercício de seus direitos, incluindo o direito de reunião pacífica, e retirem as acusações contra eles. Nosso escritório também pede às autoridades iranianas que imponham imediatamente uma moratória sobre a pena de morte e revoguem as sentenças de morte emitidas para crimes que não se qualifiquem como os crimes mais graves de acordo com o direito internacional”, completa.

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