Nesta segunda-feira (24), a Coreia do Norte e a Coreia do Sul trocaram tiros de advertência na costa oeste enquanto um país acusa o outro de violação de fronteira marítima ocidental, ao mesmo tempo em que há um aumento da tensão militar .
O Estado-Maior Conjunto do Sul (JCS) afirmou ter transmitido avisos e, depois, disparou tiros para espantar o navio mercante norte-coreano que teria cruzado a Linha de Limite Norte (NLL), durante a tarde desse domingo (23).
Já as autoridades do Norte, disseram ter disparado 10 projéteis de artilharia “com o pretexto de rastrear um navio não identificado”, de acordo com a mídia estatal, após um navio sul-coreano ter violado a NLL.
“Ordenamos contramedidas iniciais para expulsar fortemente o navio de guerra inimigo”, disse um porta-voz do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia do Norte, conforme a agência de notícias KCNA .
O JCS afirmou ter feito uma "operação normal" quando se há uma violação na fronteira e se referiu ao movimento do Norte como violação de um pacto militar bilateral de 2018 que proíbe “atos hostis” nas fronteiras. "Mais uma vez pedimos à Coreia do Norte que cesse imediatamente provocações e acusações consistentes que prejudicam a paz e a estabilidade da península coreana, bem como a comunidade internacional", disse em comunicado.
Nas últimas semanas, a Coreia do Norte lançou diversos mísseis balísticos de curto alcance . Na terça-feira passada (18), o Norte realizou disparos na direção da sua fronteira marítima com a Coreia do Sul , um dia após exercícios militares por parte dos sul-coreanos.
Na ocasião, foram disparados cerca de 100 projéteis na direção da costa oeste do país, e aproximadamente 150 na costa leste.
Semana passada, as tropas sul-coreanas também deram início aos seus exercícios anuais de defesa em Hoguk, que devem durar até 28 de outubro e aumentar a capacidade combinada com os Estados Unidos de combater as ameaças por parte do Norte.
Hoje, as forças sul-coreanas disseram que realizariam exercícios de quatro dias na costa oeste, reunindo cerca de 20 navios de guerra e ativos dos EUA .
Pyongyang, no entanto, reagiu, chamando a ação de "provocações", além de ameaçar contramedidas. Seul e Washington afirmam que seus exercícios são como defesa e visam dissuadir o Norte.
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