O Conselho de Segurança da ONU aprovou, nesta sexta-feira (21), uma resolução que cria um pacote de sanções contra grupos armados que estão por trás da onda de violência que atinge o Haiti .
Os 15 Estados-membros da organização decidiram congelar bens, restringir viagens e e embargar armas dos indivíduos relacionados às gangues que vêm causando a desordem no país caribenho.
A resolução 2653 exige o fim “imediato da violência, das atividades criminosas e abusos dos direitos humanos que prejudicam a paz, a estabilidade e a segurança do Haiti e da região, incluindo sequestros, violência sexual e de gênero”.
Os criminosos
são acusados de crimes como tráfico de pessoas e o contrabando de migrantes, homicídios, execuções extrajudiciais e recrutamento de crianças haitianas e estrangeiras.
Os países que fazem parte do Conselho de Segurança se comprometeram a tomar as medidas necessárias para que, durante o período inicial de um ano, membros dos grupos armados sejam impedidos de entrar nos seus respectivos territórios.
Um dos criminosos citados no documento redigido pela ONU é Jimmy Cherizier, também conhecido como “Barbecue”. Ele é acusado de liderar uma aliança de gangues haitianas conhecida como Família G9 e Aliados.
Cherizier “se envolveu em atos que ameaçam a paz, a segurança e a estabilidade do Haiti”, informa o texto das Nações Unidas, além de ressaltar que ele realizou atividades que constituem graves violações dos direitos humanos”.
País enfrenta catátrofe causada pela fome
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU informou, na última semana, que o Haiti enfrenta uma crise "catastrófica" de fome devido à situação socioeconômica no país caribenho.
A instituição divulgou que a fome no país atingiu o nível 5, o mais alto no índice de Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC). O dado foi registrado no bairro de Cité Soleil, localizado em Porto Príncipe , capital do país.
A última análise do IPC aponta que 4,7 milhões de pessoas enfrentam fome aguda no país (nível 3), 1,9 milhão estão em fase de emergência (nível 4) e 19 mil cidadãos estão em fase de catástrofe (nível 5).
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