ONU cria relatoria para monitorar repressão na Rússia

Brasil foi um dos 24 que optou por não tomar posicionamento na votação no Conselho de Direitos Humanos

Policiais retiram corpos de dentro de escola
Foto: Reprodução/Twitter - 26.09.2022
Policiais retiram corpos de dentro de escola

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) votou, nesta sexta-feira (7), pela criação de uma relatoria especial para vigiar a repressão aos opositores do regime do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Na votação, o  Brasil se absteve.

Honduras, Índia, Indonésia, México e Paquistão também estão entre os que não se posicionaram.

Os 17 votos a favor, contudo, aprovaram o mandato de um ano para o novo relator, o primeiro relativo à situação dos direitos humanos dentro da Rússia.

A decisão veio no mesmo dia do aniversário de 70 anos de Putin. Antes da votação em Genebra, o embaixador russo na ONU, Gennady Gatilov, acusou os países ocidentais de usarem o conselho "para fins políticos".

A missão brasileira não se pronunciou durante a votação em Genebra sobre o mandato do novo relator.

Há uma semana, o Brasil, que ocupa uma cadeira não permanente no Conselho de Segurança da ONU, também se absteve no votação para para condenar a anexação unilateral de territórios ucranianos pela Rússia.

No início da guerra, o Brasil chegou a votar a favor de duas resoluções da Assembleia Geral criticando a ofensiva russa, mas em setembro se absteve, ao lado de 18 países, na votação que autorizou Zelensky a discursar por vídeo na abertura da sessão anual da Assembleia.

O Brasil também já havia optado pela abstenção na quinta-feira durante uma votação no Conselho de Direitos Humanos que almejava promover um debate sobre as denúncias de abusos contra muçulmanos uigures na província chinesa de Xinjiang.

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