Em reunião com Clinton, Zelensky pede mais apoio dos EUA contra Rússia

'Quando você nos dá armas, outras nações também nos dão. Se os EUA designarem a Rússia um estado patrocinador do terrorismo, outras nações também vão'

Bill Clinton e Vladimir Zelenky durante Clinton Global Initiative event. ©  Clinton Global Initiative
Foto: Reprodução online - 21.09.2022
Bill Clinton e Vladimir Zelenky durante Clinton Global Initiative event. © Clinton Global Initiative

O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, disse em conferência com o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton , como os EUA podem ajudar a Ucrânia em meio ao conflito com a Rússia.

Ele pediu que os Estados Unidos assinem 'garantias de segurança, que Kiev busca obter do maior número possível de nações estrangeiras' e também solicita que Washington 'designe Moscou como um estado patrocinador do terrorismo'.

Kiev vem pedindo essa designação para a Rússia há semanas, mas a Casa Branca disse que seria contra e não que isso influenciaria nas suas políticas anti-russas de Washington .

O ex-presidente dos EUA sediou a reunião e fez perguntas. Clinton ofereceu repetidamente qualquer ajuda que o país de Zelensky possa precisar e instigou Zelensky a fazer sugestões mais específicas.

“Para todo o mundo civilizado, os EUA são um farol da democracia. Quando você nos dá artilharia, outras nações também nos dão artilharia. Portanto, se os EUA designarem a Rússia como um estado patrocinador do terrorismo, outras nações o seguirão”, disse o líder ucraniano em uma reunião organizada pela Fundação Clinton ontem (20).

O presidente ucraniano elogiou Washington e pediu ao governo dos EUA que mostre liderança no fornecimento de armas, dinheiro e outras coisas que a Ucrânia precisa.

“A maioria de nós está bem conectada com nossos vários governos, mas também tem muitos meios não governamentais… para trazer ajuda. Então, por favor, sinta-se à vontade para perguntar e saiba que estamos torcendo por você”, disse Clinton a Zelensky.

Uma iniciativa elaborada por um grupo consultivo liderado pelo ex-secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen e pelo chefe de gabinete de Zelensky, Andrey Yermak, foi publicada na semana passada.

No texto incluem promessas de financiamento, armamento e treinamento de exército. O governo ucrâniano vê esse alternativa, apenas uma solução paliativa para a segurança do país até que a Ucrânia se integre formalmente à OTAN, que garante uma proteção de defesa mútua entre os países membros.

“Gostaria que os EUA fossem o primeiro país do mundo a assinar esses documentos sobre garantias de segurança com a Ucrânia”, disse Zelensky na reunião.

Clinton destacou que não fala mais pelo governo dos EUA, mas prometeu buscar maneiras de ajudar a Ucrânia com ajuda humanitária e reconstrução do país. 

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