O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, se manifestou nesta sexta-feira (9) sobre as medidas anunciadas pelo ditador Kim Jong-un sobre a questão nuclear e cobrou a reabertura do diálogo de desnuclearização da Coreia do Norte.
Horas antes, o governo de Pyongyang publicou uma nova lei em que autoriza a realização de um "ataque nuclear preventivo" contra qualquer país que seja considerado uma "ameaça iminente" . Além disso, a legislação permite um ataque imediato a uma nação que faça um ação militar contra a Coreia do Norte.
"Aumentar o papel e o significado das armas nucleares é contrário às décadas de esforços da comunidade internacional para reduzir e eliminar os riscos atômicos. Faço um apelo à Coreia do Norte para retomar o diálogo com as partes interessadas a fim de atingir uma paz sustentável e a completa e verificável desnuclearização da península", acrescentou Guterres.
No entanto, a retomada das negociações não deve ocorrer de maneira próxima. Em seu discurso nesta sexta-feira, Kim afirmou que "a posse de armas nucleares é um direito legítimo e inalienável" e que a "nova lei torna impossível as conversas sobre a desnuclearização".
Já os Estados Unidos, que estavam nas fracassadas últimas negociações, afirmaram que estão compromissados com a desnuclearização.
"Não temos nenhuma intenção hostil contra a Coreia do Norte, mas estamos totalmente comprometidos com a defesa da Coreia do Sul e com a desnuclearização. Vamos defender Seul da ameaça nuclear com todos os meios disponíveis", disse em sua coletiva diária a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
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