Após mais de três anos de ruptura, a Colômbia e a Venezuela selaram a retomada das relações diplomáticas com a apresentação das credenciais dos novos embaixadores aos governos de Bogotá e Caracas nesta semana.
Armando Benedetti será o representante colombiano e Félix Plasencia será o responsável pela embaixada venezuelana. Os dois terão a missão de reabrir as sedes diplomáticas e torná-las plenamente funcionais e de reabrir representações em cidades que ficam próximas às fronteiras das duas nações.
"Nós conversamos sobre a urgência de restabelecer os laços de amizade que nunca deveriam ter sido rompidos", disse Benedetti após entregar a documentação ao presidente Nicolás Maduro.
A reaproximação entre Caracas e Bogotá começou no dia 22 de junho, três dias depois do novo presidente colombiano, Gustavo Petro, ganhar as eleições no país. Naquele dia, houve um telefonema entre Petro e Maduro onde os dois manifestaram a vontade de restabelecer a normalidade.
Em 28 de julho, os ministros das Relações Exteriores, o venezuelano Carlos Faría e o colombiano Alvaro Levya Durán, se reuniram no estado fronteiriço de Táchira e reforçaram o desejo de cooperação "entre países-irmãos".
A partir de então, foi definida uma agenda de trabalho mútua que compreende, entre outros pontos, planos de segurança e de paz e a reabertura comercial progressiva nos mais de 2,2 mil quilômetros de fronteiras.
Em 11 de agosto, os dois governos anunciaram os nomes de Benedetti e de Plasencia como os novos embaixadores.
Os dois países romperam as relações diplomáticas em 23 de fevereiro de 2019 por ordem de Maduro, que acusou o então presidente Iván Duque de incentivar planos para forçar sua derrubada. Isso porque o mandatário respaldou o autodeclarado presidente venezuelano Juan Guaidó.
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