A Junta Escolar da cidade de Uvalde, no Texas, decidiu demitir por unanimidade o chefe da polícia local, Pedro Arredondo, nesta quarta-feira (24). O agente foi o responsável pela operação de resposta a um ataque com arma de fogo que matou 21 pessoas em 24 de maio deste ano.
Arredondo já estava suspenso do cargo desde 22 de junho, quando as provas da investigação mostraram que a resposta à ação criminosa havia sido "desastrosa" e que o então chefe policial tomou "decisões terríveis".
Segundo imagens das câmeras de segurança, os agentes demoraram 77 minutos para invadir a sala onde Salvador Ramos executava suas vítimas - mesmo tendo chegado à Robb Elementary School apenas três minutos após os primeiros disparos. Quem chamou a polícia, inclusive, foi uma das professoras assassinadas, Eva Mirales.
Pelas gravações ainda é possível ouvir que 100 dos 142 tiros dados por Ramos ocorreram enquanto os policiais das diversas divisões já estavam no corredor da escola. Oficialmente, Arredondo afirmou que demorou para entrar na sala porque não sabia quantos atiradores eram e para proteger a vida dos agentes.
No entanto, o relatório feito por deputados do Texas - com quase 80 páginas - afirma que "os agentes da lei não cumpriram o treinamento que lhes foi dado para enfrentar um atirador ativo e falharam ao estabelecer prioridades em salvar vidas inocentes ao invés de pensar em sua própria segurança".
O ataque em Uvalde é considerado o segundo mais letal da história dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do massacre em Sandy Hook, em Connecticut, quando 26 pessoas foram assassinadas em 2012.
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