Nesta terça-feira (9), um satélite iraniano foi lançado ao espaço por um foguete russo a partir do Cazaquistão e alcançou a órbita pouco depois. A ação ocorre em meio a temores do Ocidente de que Moscou utilize o sistema em uma operação na Ucrânia.
Imagens transmitidas pela agência espacial russa Roscosmos mostraram o foguete Soyuz-2.1b carregando o satélite Khayyam no momento da decolagem, controlado pela Rússia.
O controle da missão russa confirmou a entrada do satélite em órbita.
Segundo a agência de notícias AFP, o Irã — que mantém laços com o país governado pelo presidente Vladimir Putin e evita criticar a ação russa na Ucrânia — procurou dissipar as suspeitas de que Moscou usaria o Khayyam para monitorar alvos militares em território ucraniano.
Na última semana, o jornal Washington Post mencionou um oficial de inteligência ocidental dizendo que a Rússia "planeja usar o satélite por vários meses ou mais" para apoiar suas operações militares antes de permitir que o Irã assuma o controle.
A Agência Espacial Iraniana (AEI), no entanto, garantiu que a República Islâmica controlará Kayyam "desde o primeiro dia". "Nenhum país terceiro poderá acessar as informações" enviadas pelo satélite devido ao seu "algoritmo criptografado", afirmou.
De acordo com a agência, a missão do satélite é "monitorar as fronteiras do país", aumentar a produtividade agrícola e monitorar os recursos hídricos e desastres naturais.
"Devido ao peso do satélite Kayyam de mais de duas toneladas e meia e à alta taxa de sucesso do lançador Soyuz, o lançamento do satélite Khayyam foi confiado à Rússia", informou a AEI em um comunicado na última segunda (8).
Após a invasão à Ucrânia , a Rússia tem sofrido sanções e bloqueios em diversas áreas por parte de países ao redor do mundo . Diante dessa situação, o Kremlin tem procurado se aproximar do Oriente Médio, da Ásia e da África, buscando apoio para seu programa espacial.
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