O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado às Nações Unidas, Rafael Grossi, afirmou que a central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, está "completamente fora de controle".
A estrutura está sob gestão de militares russos desde março deste ano.
"Há uma lista de princípios e normas que nunca deveriam ocorrer em nenhuma planta nuclear. E lá a situação é muito frágil. Cada princípio de segurança nuclear foi violado de uma maneira ou outra e não podemos mais permitir que isso ocorra", disse Grossi, alertando que o caso é "extremamente grave".
A situação na central de Zaporizhzhia, que é a maior estrutura do tipo na Europa, vem sendo alvo de preocupação da AIEA há meses. Em 30 de junho, a agência divulgou um comunicado informando que tinha perdido contato novamente com os sistemas remotos de segurança e vigilância do local.
Além disso, cobra que técnicos possam fazer uma visita para reparos e para avaliação da situação, algo que não ocorre desde que a guerra na Ucrânia começou, em 24 de fevereiro.
Conforme informações oficiais, dos seis reatores disponíveis no local, apenas dois estão em funcionamento. E, apesar do controle russo, a operacionalização dos equipamentos é feita por técnicos ucranianos.
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